quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Agenda cultural da MelroFelroLândia

Hoje resolvemos trazer-vos, directamente da terra dos MelrosFelros, um momento cultural.
Numa das nossas incursões por estilos de música que não nos são muito habituais, tivemos contacto com a música Celta, na sua vertente Portuguesa, e por muitos conhecida como música do arco do atlântico norte...ou seja, inspirada na musica tradicional Irlandesa, Escocesa...e companhiesa...lol.
Para sermos mais precisos fomos assistir a um espectáculo ao vivo, de um grupo que eu (Melro) já conhecia há uns mesitos e que achei que apesar de diferente, o Felro iria gostar...Não me enganei.
Esse grupo foi (rufar dos tambores)...os POLK. Através dos POLK tomámos também conhecimento de um outro grupo Português, que por sinal é uma das principais influências dos POLK, cujas músicas nos deixaram simplesmente cilindrados, não só pela sonoridade mas também pela escrita, os QUADRILHA. Assim sendo (para parecer mais intelectual, já que se trata da agenda cultural da MelroFelroLândia), vamos deixar-vos com as letras de duas músicas, ambas dos QUADRILHA, para dedicar aquele alguém que nunca nos será indiferente seja ele(a) quem for.


Balada do Desajeitado

Sei de alguém
Por demais envergonhado
Que por ser tão desajeitado
Nunca foi capaz de falar
Só que hoje
Viu o tempo que perdeu
Sabes esse alguém sou eu
E agora eu vou-te contar

Sabes lá
O que é que eu tenho passado
Estou sempre a fazer-te sinais
E tu não me tens ligado

E aqui estou eu
A ver o tempo a passar
A ver se chega o tempo
De haver tempo para te falar

Eu não sei
O que é que te hei-de dar
Nem te sei
Inventar frases bonitas

Mas aprendi uma ontem
Só que já me esqueci
Então olha gosto muito de ti

Podes crer
Que à noite o sono é ligeiro
Fico á espera o dia inteiro
Para poder desabafar

Mas como sempre
Chega a hora da verdade
E falta-me o á vontade
Acabo por me calar

Falta-me jeito
Ponho-me a escrever e rasgo
Cada vez a tremer mais
E ás vezes até me engasgo

Nada a fazer
É por isso que eu te conto
É tarde para não dizer
Digo como sei e pronto

Eu não sei
O que é que te hei-de dar
Nem te sei
Inventar frases bonitas


Mas aprendi uma ontem
Só que já me esqueci
Então olha gosto muito de ti


Carreira das 2

Foi na carreira das duas, já lá vai
Disse-me a mãe com os olhos rasos de água
A ver da vida que só tem quem daqui sai
E os que aqui ficam têm solidão em mágoa

Fiquei parado à espera do poente
E enquanto a noite me trazia o escurecer
Em frente ao lume com o sono à minha frente
A imaginar o que me iria acontecer

Mal ela sabe
Quanto a queria
Fico acordado a ver passar horas e luas
Talvez um dia quem sabe
Talvez um dia eu… vá atrás dela
E vá na carreira das duas

Já lá vão anos e dela nem sinais
Só os caminhos palmilhados p’la tristeza
Só as saudades é que são cada vez mais
E o tempo passa no correr da incerteza

Ainda me lembro do dia, dos amores
Ainda me lembro das cantigas da ribeira
Quanto maior é a paixão, mais são as dores
Dores que o tempo vai regando a vida inteira

Mal ela sabe
Quanto a queria
Fico acordado a ver passar horas e luas
Talvez um dia quem sabe
Talvez um dia eu… vá atrás dela
E vá na carreira das duas


... Este é aquele momento em que nenhum de nós sabe muito bem o que dizer... escrevemos este post ao som destas músicas... se gostam da letra, tentem ouvir... ouvir não, sentir a música e concerteza ficarão fascinados como nós...

Para terminar, apenas queremos dizer que gostamos muito de vocês, mesmo que muitas vezes não saibamos como o dizer ou não tenhamos oportunidade de "apanhar a carreira das duas" e vos procurar para dizer: "gosto muito de ti"

Beijos e abraços sentidos, melancólicos e musicais, destes eternos "gostadores de todos vós"... :)

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